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O mundo já se encontra em uma série de pontos de inflexão que correm o risco de causar danos irreversíveis aos sistemas de suporte à vida no planeta. Em 2023, quando a Força-tarefa deu início aos seus trabalhos, seis dos nove limites planetários haviam sido ultrapassados. Em setembro de 2024, na conclusão da segunda etapa de apoio à Transformação Ecológica, identificou-se uma piora em todos os seis indicadores e um sétimo limite em processo de ultrapassagem. A transição para uma economia de baixo carbono, com foco nas pessoas e na natureza, requer ação urgente:
Seis dos nove limites críticos do planeta (planetary boundaries) foram ultrapassados.
Os limites identificados como já ultrapassados em 2023 foram: fluxos biogeoquímicos, mudanças na água doce, mudança nos sistemas terrestres, integridade da biosfera, mudanças climáticas e entidades novas. Em setembro de 2024, identificaram a acidificação de oceanos como o sétimo limite planetário em ultrapassagem.
As consequências desses efeitos climáticos estão sendo sentidas no Brasil de norte a sul, com destaque para a proximidade do ponto de não retorno da Amazônia. Em 2024, houve recorde de queimadas no Norte em estados amazônicos, de chuvas no Sul, e de ondas de calor que levaram temperaturas a mais de 42°C no Centro-Oeste3.
Se a floresta amazônica, por exemplo, passar do ponto de inflexão, ela mudará para um novo estado, mais parecido com uma savana, e passará a liberar grandes quantidades de carbono e danificar o ciclo geológico. Isso causaria grandes impactos danosos, em especial ao território brasileiro, e reforçaria o aquecimento do planeta.
Em 2015, o Acordo de Paris4 foi aprovado na COP21. Estimativas científicas apontavam que temperaturas médias globais aumentariam em 4°C com relação à era pré-industrial até 2100 no status quo de emissões projetadas. A meta para a manutenção da vida humana e de demais ecossistemas era de um aumento de temperatura limitado a 1,5°C no mesmo período. Segundo o Global Stocktake realizado na COP28, mesmo que todas as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) sejam cumpridas, o aumento da temperatura projetado é de 2,1-2,8°C.